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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A rua permanece vazia, tal e qual a imagem reflectida no espelho. O vento corre sem parar, trazendo recordações do passado e o barulho ensurdecedor, faz-me lembrar o pânico que senti ao mergulhar na imensa solidão. As lágrimas correm-me o rosto como se estivessem a traçar uma corrida para ver qual chegaria primeiro à base dos meus pés, que por sua vez, permanecem imóveis, causa á insegurança da próxima esquina ou á partida causada pela visão que me levou a acreditar que estavas lá e me fez tropeçar na tua miragem levando-me a amparar a queda com as mãos que levei ao peito e me resguardaram no chão molhado pela densa chuva. O espelho das esperanças quebrou, o coração da vida parou, enrolado no chão pelo frio, permaneci imóvel e sem forças, e o último suspiro foi então o meu último sinal de vida.